SERMÃO DOMINICAL
Grupos Familiares
TEXTO: Lamentações 3.18-27
EXÓRDIO:
Por que sofremos? Por que as coisas nem sempre dão certo? Por que aquilo que tanto esperamos demora a chegar? Por que em algumas circunstâncias, parece que Deus se esqueceu de nós?
Alguns diriam: porque você fez algo de errado! Outros: porque você não está sendo fiel no seu dízimo, e alguns prá piorar dizem que é porque você não tem fé.
Seja como for, nenhuma dessas conversas ajudam a resolver ou a enfrentar a situação.
Há algumas passagens e personagens bíblicos que passaram por grande aflição. Um deles é Jeremias.
EXPLICAÇÃO
Lamentações 3.1-18: É o terceiro lamento de Jeremias – até aqui demonstrou o que viveu e sentiu na pele: viu a fome (Lm 1.1); Viu miséria (Lm 4.4-5); Viu destruição (Lm 2.1-9); Viu a escravidão (Lm 1.18); por fim, viu a dor de perto (3.1)
O v. 18 é um espanto para muitos. Há algo de bom nisso?
“Depois de um certo tempo na escuridão, os olhos se acostumaram e algumas pessoas começaram a perceber que havia muitas pequenas luzes para orientar o povo na caminhada. Percebiam um clarão no horizonte, anunciando a madrugada e um novo nascer do sol” (Carlos Mesters, p. 104)
O profeta então ora ao Senhor (3.19-20) e em sua oração a resposta, a orientação para a caminhada:
TEMA: ORIENTAÇÕES PARA A CAMINHADA DA FÉ
1) TRAZER À MEMÓRIA AQUILO QUE DÁ ESPERANÇA (3.21)
A força do texto está na memória. É um olhar para o passado – “Conta as bênçãos… e verás, surpreso, o quanto Deus já fez!”
Trazer à memória os atos salvíficos de Deus, desperta a esperança.
Não permita que memórias ruins piorem a situação.
2) LEMBRAR-SE DAS MISERICÓRDIAS DO SENHOR (3.22-23)
Misericórdia – miserere (sentir piedade, compaixão) + cárdia (coração). A palavra hebraica para misericórdia aqui – hesed – denota o comportamento correto segundo a aliança, lealdade.
Por causa da superioridade do Senhor como parceiro da aliança que permanece fiel, Sua misericórdia era entendida como dádiva graciosa. Prometeu essa misericórdia ao fazer a aliança e, constantemente a renova.
3) ESPERAR EM DEUS (3.24-26)
Esperar é submeter-se ao domínio soberano do Onipotente. Deixar-se nas mãos Dele o tempo e o modo do cumprimento de sua providência graciosa. É através da confiança e da humildade que a espera fica sendo uma espera paciente e perseverante que pode suportar a ansiedade.
A espera em Deus, apesar do “ainda não”, olha para a frente com confiança, embora não sem tensão.
A despeito de tudo quanto há no presente que anda contrário à promessa, aquele que espera confia que Deus, por amor à sua fidelidade, não decepcionará a espera despertada mediante sua palavra.
Woody Allen (78) em entrevista à Folha de São Paulo, divulgada no dia 29 de agosto disse: “Por ser ateu e não acreditar em uma razão para estarmos aqui, tive uma vida muito triste, sem esperança, assustadora”.
A espera em Deus realmente torna-nos quietos mas não inativos. Demonstra as novas forças que recebemos ao vencer a tentação e mediante ações que se dirigem em direção ao futuro esperado.
CONCLUSÃO:
É na pessoa de Cristo que nossa caminhada de fé alcança uma nova e cabal orientação. Orientamo-nos na pessoa de Cristo, afinal nele,
- a nossa esperança se renova – traga à memória seu sacrifício e amor
- as misericórdias do Senhor se renovam – nele reside toda a misericórdia de Deus
- nossa alma espera – espera o dia em que voltará entre as nuvens para buscar sua igreja!
(Mensagem pregada pelo Rev. Jabis no dia 8.9.2014)