SERMÃO DOMINICAL
HEBREUS 7.11-28
EXÓRDIO:
Em sua opinião, por que o novo chama a nossa atenção e quais as consequências de coisas e situações novas? Pense na frase: “A velha ordem mudou, dando lugar à nova” (Alfred Tennyson sobre a morte do Rei Artur).
EXPLICAÇÃO:
Uma das ideias recorrentes na Epístola aos Hebreus é a de Deus apresentando uma nova ordem e, portanto, acabando com a ordem antiga. Em 4.8 o conceito de descanso de Josué é completamente ofuscado pelo descanso de Deus. Em 8.13 o primeiro pacto é declarado obsoleto porque o novo pacto entrou em vigor. Em 7.11, 12 o sacerdócio levítico (que fora estabelecido pela lei de Deus) foi suplantado pelo sacerdócio de Melquisedeque; isso provocou uma mudança na lei.
O fio condutor da primeira parte do texto de Hebreus é: Jesus é superior... Sua superioridade se apresenta em várias situações... em todas as situações. Na passagem que lemos Jesus é apresentado como Sumo Sacerdote. Neste ofício, também ele é superior, quando comparado ao sacerdócio estabelecido pela lei mosaica.
Algo novo havia sido estabelecido! Novo e perfeito. É o Sacerdócio de Cristo!
TEMA: O SACERDÓCIO DE CRISTO
1) INTRODUZ ESPERANÇA SUPERIOR (v. 11-19)
Lembrar o sacerdócio araônico (Arão) ou levítico (Tribo de Levi): estabelecido pela Lei (Levítico 21), portanto, após a saída do Egito e o estabelecimento da caminhada no deserto rumo à Terra Prometida; Tribo específica e especialmente destinada ao oferecimento de sacrifícios expiatórios; estabelece uma tensão: escancara as falhas e imperfeições do sacrifício – temporário e imperfeito.
Jesus, como sumo sacerdote, era de uma linhagem anterior à de Levi – era segundo Melquisedeque (rei e sacerdote – Gn 14.18-20); anterior e superior – eterna, “constituído segundo o poder de vida indissolúvel (7.16). Em Jesus uma esperança superior é introduzida (7.19). A lei, que traz em seu bojo o conhecimento do pecado, e nada aperfeiçoa, é substituída por uma nova lei: em Jesus, nos achegamos a Deus; Ele, por seu sacrifício perfeito, abriu caminho para isso, introduzindo uma esperança superior – nele temos o perdão!
2) SALVA, DEFINIVAMENTE, OS QUE O RECEBEM (v. 20-25)
Há, nesta passagem, uma série de comparações entre o sacerdócio araônico e o de Cristo: o primeiro foi estabelecido por lei – uma lei pode ser anulada; o segundo, estabelecido por um juramento (v. 20-22) – que não pode ser anulado; é superior; não pode ser anulado e serve como fiança para superior aliança; o araônico é transitório (morte do sacerdote); o de Cristo é eterno, e, por isso, imutável.
Isto posto, o sacerdócio de Cristo, estabelece uma intercessão incessante e salva, definitiva e totalmente, aqueles que se chegam a Ele (v.25)! Louvado seja o Senhor Deus, pois por seu Filho, temos a salvação oferecida.
3) OFERECE SACRIFÍCIO PERFEITO E ÚNICO (v. 26-28)
Uma das mais lindas descrições da pessoa de Cristo como sacerdote; sua posição como tal é sublime, superior, magnificente. O v. 26 aponta cinco características: santo, sem culpa, puro, separado e exaltado.
Além disso, o v.27 retira qualquer dúvida: o sacrifício pelo pecado do sacerdócio araônico era imperfeito porque homens imperfeitos o ofereciam; mas veio aquele que, sem pecado, sem culpa ofereceu-se a si mesmo “uma vez por todas”. O sacrifício e o sacerdócio de Cristo são perfeitos e únicos! Ele ofereceu-se voluntariamente na cruz! Foi o amor de Deus, em Cristo, que fez isso!
CONCLUSÃO:
Sendo Jesus não apenas central, mas total, sendo seu ofício sacerdotal perfeito e único, o que mais precisamos para entender e aceitar o amor de Deus abrindo nosso coração e nos entregando totalmente a ele? Ele foi constituído Filho-sacerdote, perfeito para sempre (v. 28)!
(Síntese da mensagem pregada pelo Rev. Jabis – IPA 27.9.2015)